A Trilha Amazônia Atlântica é uma Trilha de Longo Curso regional que faz parte da Rede Brasileira de Trilhas e compõe a Trilha Nacional Oiapoque X Barra do Chuí, que conecta a costa Brasielira por cerca de 10 mil quilômetros de Trilhas.
A Trilha Amazônia Atlântica conecta Belém à Serra do Piriá, situada na divisa do Pará com o Maranhão. O projeto prevê ainda, em médio/longo prazo, a conexão com a Travessia do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.
A Trilha percorre 17 municípios de três Regiões de Integração do estado. As Regiões de Integração do Guajará, Guamá e Rio Caeté. Confira os municípios abaixo:
Belém → Ananindeua → Marituba → Benevides → Santa Isabel do Pará → Castanhal → Inhangapi → São Francisco do Pará → Igarapé-Açu → Santa Maria do Pará → Nova Timboteua → Peixe-Boi → Capanema → Tracuateua → Bragança → Augusto Corrêa → Viseu.
A Trilha está sendo planejada para que o caminhante ou ciclista possa ter uma experiência típica dessa região da Amazônia, tendo contato com o extrativismo local, além de poder contemplar a rica fauna e flora da região. Ao longo do percurso, o usuário pode ainda banhar-se em igarapés incríveis de águas claras e frias localizados ao longo do caminho.
A Trilha Amazônia Atlântica conta com um potencial público de no mínimo 40% da população paraense. Que é a população que reside nessas dias Regiões de Integração somadas à Região Metropolitana de Belém. Além disso, vale contabilizar o público de outras regiões do estado, do país e do mundo que procuram por um produto turístico de qualidade, porém não tem muita opção, sobretudo para a prática de esportes ao ar livre.
A Trilha da Amazônia Atlântica se propõe a oportunizar uma experiência incrível junto às comunidades locais, onde o usuário poderá conhecer de perto as famosas Casas de Farinha da região bragantina, além do extrativismo de caranguejos e de ostras na maior faixa de manguezal preservado do planeta ou mesmo uma boa pescaria artesanal em canoas de madeira. Valorizando o conhecimento das comunidades tradicionais e a tão peculiar diversidade biológica dessa região da Amazônia.
A Trilha Amazônia Atlântica atualmente conecta 11 áreas protegidas. São 06 unidades de conservação (Reserva Extrativista Marinha Tracuateua, Reserva Extrativista Marinha Caeté-Taperaçu, Reserva Extrativista Marinha Araí-Peroba e Reserva Extrativista Marinha Gurupí-Piriá, APA da Costa do Urumajó e APA Belém), além de 05 Territórios Quilombolas (Remanescentes de Quilombolas de Torres, em Tracuateua, América, em Bragança, Pitimandeua, em Inhangapi, Macapazinho, no município de Castanhal e Santíssima Trindade em Santa Isabel do Pará.
A Trilha Amazônia Atlântica conecta comunidades e paisagens no litoral atlântico da Amazônia, criando um grande produto turístico em uma das áreas mais biodiversas do planeta. Oportunizando uma experiência das pessoas em ambiente natural completamente nova. E a valorização da diversidade não se encerra no componente natural, o componente cultural é um atrativo incrível ao longo da trilha.
O visitante percorre as florestas de terra firme e também os manguezais do litoral amazônico. Não faltam paisagens, espécies de aves e de fauna selvagem ao longo da trilha. Além da incrível biodiversidade, o componente cultural é um destaque nesse percurso, que conta com mais de 30 comunidades tradicionais e rurais.
O modo de vida único dos povos tradicionais e toda sua relação de simbiose com a floresta é cada vez mais explorado nessas trilhas, no bom sentido naturalmente. Gerando valorização da sociobiodiversidade local e melhorando a autoestima das populações tradicional da região que vivem, na maioria das vezes, ainda à margem da sociedade, apesar do seu patrimônio cultural e natural incríveis.
A Trilha promove um fluxo cada vez maior de pessoas oriundas de áreas urbanas, para o território dessas comunidades rurais. A visitação dessas áreas, normalmente, pouco conhecidas, podem gerar um maior apelo da administração pública para o desenvolvimento das mesmas de forma mais sustentável e harmônica com o maio ambiente. Promovendo a melhoria da qualidade de vida das pessoas e fortalecendo o sentimento de cidadania nesses territórios.
O desmatamento na região em função das atividades agropecuárias e do processo de urbanização, além da instalação de grandes empreendimentos são algumas das principais causas de fragmentação florestal na região nordeste paraense.
A degradação e a formação de fragmentos de floresta por todo o território diminuem o poder de migração de espécies da fauna e a dispersão de sementes, favorecendo o declínio populacional. Mesmo em áreas especialmente protegidas, a falta de conectividade com outras áreas dificulta a troca genética e induz à extinção local algumas espécies com menor condição de adaptação aos impactos.
A Trilha Amazônia Atlântica percorre florestas de terra firme, campos naturais e áreas de manguezais do litoral amazônico que, inclusive, faz parte da maior faixa contínua de mangue do planeta. Não faltam paisagens e diversidade biológica ao longo da trilha, além do incrível componente cultural que é sem dúvida, um grande destaque da Trilha.
A Trilha Amazônia Atlântica atualmente conecta 11 áreas protegidas. São 06 unidades de conservação (Reserva Extrativista Marinha Tracuateua, Reserva Extrativista Marinha Caeté-Taperaçu, Reserva Extrativista Marinha Araí-Peroba e Reserva Extrativista Marinha Gurupí-Piriá, APA da Costa do Urumajó e APA Belém), além de 05 Territórios Quilombolas (Remanescentes de Quilombolas de Torres, em Tracuateua, América, em Bragança, Pitimandeua, em Inhangapi, Macapazinho, no município de Castanhal e Santíssima Trindade em Santa Isabel do Pará.
A consolidação do ecoturismo e uma maior valorização dos recursos naturais ao longo da Trilha deverá promover a criação de um corredor ecológico importantíssimo entre as áreas protegidas conectadas pelas trilhas, que passam a funcionar então como poderosa ferramenta de conservação ambiental, além do limite das áreas protegidas por Lei.
A Trilha Amazônia Atlântica está sendo desenvolvida não como um mero caminho sinalizado, mas, como um equipamento público de lazer e recreação. Sendo capaz de contribuir com a saúde física e mental das pessoas por meio dos diversos benefícios da atividade ao ar livre, cada vez mais notórios.
Ao longo do percurso da Trilha, as pessoas que procuram a prática de esportes ao ar livre podem banhar-se em igarapés incríveis de águas claras e frias, típicos da região, a floresta de terra firme, pode vislumbrar o cenário incrível dos campos naturais bragantinos, além de conhecer a costa atlântica do Pará com seus manguezais conservados, suas histórias e praias encantadoras.
A Trilha tem como um de seus objetivos o fortalecimento do ecoturismo ao longo do seu território, possibilitando a criação e a qualificação de serviços de apoio ao visitante, como hospedagem, alimentação, logística e artesanato.
A Trilha Amazônia Atlântica conecta organizações públicas de diferentes esferas e empresas locais em prol do desenvolvimento territorial em bases mais sustentáveis e o fortalecimento da região como destino de turismo de natureza.